Andar pelas ruas de Paris e ver pessoas segurando e comendo uma baguete pode parecer estranho, mas para os franceses é algo absolutamente normal.

Símbolo máximo da França, esse pão com formato longo é indispensável no dia a dia, e consumido em larga escala em todo o país. A sua receita não é celebrada apenas em toda a França, e sim renomada e reconhecida internacionalmente.

Curiosidades e histórias interessantes são o que não faltam ao falar sobre o pão na França, e principalmente sobre a baguete. Por volta dos anos de 1788/89, a França passou por enormes dificuldades de armazenamento de comida, tendo em vista que naquela época não existia geladeira ainda. Por causa das condições climáticas adversas, ocorreu uma escassez geral de pão em todo o país, subindo o seu preço exorbitantemente, e limitando o consumo apenas para as classes mais ricas.

Foram anos de várias tentativas para reerguer o consumo de pão na França, e isso ocorreu apenas no século 19. Antes disso, Napoleão Bonaparte, ao assumir o poder, criou decretos que estabeleceram normas para o pão francês, valorizando os padeiros e controlando os ingredientes para a confecção do mesmo. Mais tarde, no governo posterior, foi adicionado a esse decreto de Napoleão, especificações da maneira de como é feito, o tamanho, e a forma para ter o direito de se chamar “baguete francesa”.

A chegada da tecnologia foi benéfica também para a produção do pão, que com o uso de instrumentos modernos, a colheita do trigo passou a ser mais rápida e em maior escala. Com isso, ocorreu uma redução no preço do pão, tornando-se mais acessível a todos. Em 1998, uma lei foi instituída, e apenas os estabelecimentos que fazem o pão (não permitindo massas congeladas) podiam ter o nome de “boulangerie”, que significa padaria em francês. Estratégia essa de enorme incentivo para os padeiros artesanais, e de manutenção do bom e velho pão francês.

Atualmente, a baguete é responsável por 80% do pão vendido na França, e como qualquer boa comida, requer tempo e carinho para ser feita em alta qualidade. Segundo lendas, sua forma alongada é por questões práticas, pois quanto mais fino o pão, menos tempo leva para crescer e assar. O pão é um alimento celebrado desde os tempos antigos, e sem dúvidas possui uma importância histórica muito grande em todos os sentidos.

Todos os anos em Paris, acontece o “Grand Prix de la Baguete”, em que o presidente nomeia um padeiro que se torna o fornecer oficial do Palácio do Eliseu, a residência do chefe de estado Francês. Macia por dentro, crocante por fora, e com aroma inigualável, é difícil encontrar alguém que resista a baguete francesa, principalmente quanto aliado aos fantásticos queijos franceses.

Fonte: petitgastro.com.br