Você sabia? Todo o mundo ama Pão de Queijo! Apesar de ser típico de Minas Gerais, a história da origem do pão de queijo tem várias versões, embora historiadores especulem que ele exista desde o século XIX.
No Brasil tornou-se efetivamente popular a partir da década de 1960. Registros mais específicos indicam que ele tenha sido tradicionalmente desenvolvido no estado de Minas Gerais.
Estudos dizem que o pão de queijo surgiu na época dos escravos. A mandioca era o pão do índio brasileiro. O ovo e o leite é uma herança dos portugueses, que com o polvilho, reinventaram o pão de queijo. Há outros indícios de que a receita tenha aparecido nas fazendas de Minas, quando as cozinheiras preparavam para servir seus senhores, na época em que havia grande oferta de leite, ovos e queijos, em função da expansão da pecuária.
Naquela época, não se imaginava que o pão de queijo fosse ultrapassar as fronteiras “das Minas Gerais”, muito menos que ganharia o mundo. Comer queijo após as refeições era hábito antigo, mas no século XIX, o queijo sobrava e endurecia. Como a farinha que chegava até as fazendas era de baixa qualidade, as cozinheiras passaram a substituí-la por polvilho nas receitas dos pães.
Somente na década de 1960, o pão de queijo expandiu sua carreira de sucesso, principalmente em Minas Gerais. Coincidentemente nessa época aconteceu o desenvolvimento das quitandas. Rapidamente, em todo o país se consumia e apreciava essa iguaria, que tornou-se tipicamente mineira.
Por que o pão de queijo é tradicionalmente conhecido como mineiro?
Pesquisadores dizem que comida e identidade são universais, e que a última coisa que um migrante se esquece é a língua e sua culinária.
A origem do pão de queijo se confunde com a própria origem da culinária mineira, porque acompanha a evolução de seus ingredientes: primeiro surgiu a goma, vinda da mandioca sob a forma do polvilho doce ou azedo; depois a gordura de porco, o sal, o ovo, o leite, a nata, a manteiga e por último o queijo, que aos poucos incorporou-se ao biscoito de goma (precursor do pão de queijo) moldados sob a forma de pequenas bolinhas e finalmente assados.
Basta visitar várias casas de famílias mineiras para ver que em todas elas irão te oferecer nem que seja um café, acompanhando de que? Pão de queijo (de preferência), claro! Daí o motivo das pessoas dizerem que os mineiros são hospitaleiros e apaixonados pela receita.
Você sabia? Todo o mundo ama pão de queijo!
Depois de se tornar o queridinho dos mineiros e brasileiros, o pão de queijo é hoje exportado congelado para a América Latina, EUA, Europa e Japão.
Na Colômbia, um produto muito similar ao pão de queijo, exceto pelo formato mais tradicional (achatado) é o pan de bono ou pandebono.
Assim como o pão de queijo, o pandebono possui textura esponjosa, de baixa densidade, e que endurece em pouco tempo, características que se atribuem ao polvilho azedo, conhecido no país como almidón de yuca fermentado e que é obtido em um processo idêntico ao empregado no Brasil.
O Paraguai e a província Argentina das Missiones também possuem uma variação do pão de queijo, chamada de chipá, nome que também é utilizado no estado de Mato Grosso do Sul. A diferença da chipá para o pão de queijo é seu formato em “U”.
Fonte: www.fornodeminas.com.br/