Um pouco da história
A tradição dos cafés coloniais se tornou conhecida devido à procura de viajantes e de turistas, que ao chegarem tarde da noite em regiões pouco movimentadas, onde não havia hotéis ou mesmo restaurantes, eram acolhidos pelos colonos.
Os moradores destas localidades prontificavam-se a atender os viajantes, com alojamento e refeições, colocando à mesa o que havia de melhor dentro dos costumes germânicos. O café colonial também tem sua origem na mesa de muitos agricultores que povoaram as mais diversas regiões agrícolas do mundo.
O café matinal representava a mesa farta do colono, que antes de ir, muito cedo do dia, para seus afazeres em suas pequenas propriedades rurais, tomava um reforçado café da manhã. Como ficava o dia todo envolvido no pesado trabalho da roça, o ‘café do colono’ precisava ser reforçado. Era esse lanche matinal que iria proporcionar energia suficiente para o desempenho das árduas funções do dia (LUNKES, 2011:2).
O café colonial é uma das mais autênticas tradições da cultura e da cozinha alemã, tanto é que ainda hoje em toda cidade em que a população é de origem alemã, as famílias conservam este costume aos domingos à tarde. As mesas repletas de cucas, pães, apfelstrudel (torta de maçã), schmier, nata, queijo, salame, mel, queschmier, morcilias, conservas, chocolate quente, café, chás, wafles, tortas.
É um tipo de café de mesa farta, não precisa ser necessariamente café da manhã, pode ser degustado a qualquer momento do dia.
– O café colonial é uma refeição típica das cidades brasileiras de origem alemã:
* Santa Catarina, na maioria das cidades, das serras ao litoral, mesmo nas que não tiveram colonização germânica. Destaque para Joinville, Blumenau, Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Grão Pará.
* Paraná: Curitiba, São José dos Pinhais, Rio Negro, Quatro Barras, Foz do Iguaçu, Morretes.
* No Rio Grande do Sul, destacam-se Gramado, Canela, Nova Petrópolis e Santa Cruz do Sul.