A origem do pão francês

Embora a origem exata do pão de sal seja desconhecida, ela é atribuída à elite que viajava pela Europa. Essas pessoas teriam falado para os padeiros locais as características dos pãezinhos do exterior no intuito deles conseguirem criar uma receita igual.

Mais especificamente, a República do Brasil buscava maneiras de minimizar os efeitos da antiga colonização portuguesa e do antigo império, por isso, passou a difundir os costumes e os usos de Paris.

Dessa forma, nas primeiras décadas do século 20, o número de confeitarias e cafés aumentou significativamente, assim como os pedidos para a reprodução de pães com o miolo macio e com a casca dourada, assim como os dos franceses.

Portanto, pela descrição da elite viajante, os padeiros criaram uma receita brasileira que chamaram de pão francês. Entretanto, além de atender às exigências dos consumidores, o produto superou as expectativas por ser extremamente saboroso e macio, graças à adição de um pouco de açúcar e de gordura na massa.

O consumo no Brasil

Apesar de conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses, o consumo do alimento no Brasil colonial não foi tão comum até meados do século 19. Até então, consumia-se produtos à base de milho e derivados da mandioca, como a farofa, o beiju de tapioca e o pirão.

No entanto, na virada para o século 20, a influência dos imigrantes europeus ocasionou a difusão da cultura de se comer pão, em especial a influência dos italianos, que fundaram padarias de fermentação natural no país. Nesse período o Brasil passava por intensas modificações econômicas e políticas, marcando um procedimento de abertura para o comércio externo, já que era a época da Primeira República.

Com isso, a população — que era composta por uma elite de alto poder econômico (coronéis e comerciantes), pela classe média (profissionais liberais, políticos e intelectuais) e pelos trabalhadores rurais — passou a se adaptar às modificações e o novo hábito começou a fazer parte do cotidiano brasileiro.

Tudo isso ocorreu por que, com a abertura para o comércio exterior, o Brasil tornava-se um alvo consumidor dos produtos dos outros países que precisavam acabar com toda a produção industrial em excesso. Inclusive, havia a iniciativa por meio de propagandas que falavam da qualidade da farinha e das vantagens do alimento.

Vale mencionar ainda que, no período, as características do pão eram distintas do tradicional pão de sal dos dias atuais. Ele era escuro tanto na casca quanto no miolo, considerado uma versão tropical do pão italiano.

A explicação do nome “pão francês”

O tradicional pão da França, precursor da baguete, um pão pequeno, de casca dourada e miolo claro (feito basicamente de farinha de trigo, sal, água e fermento), é bastante diferente do pão francês brasileiro, crocante e dourado por fora, ao mesmo tempo que é macio e clarinho por dentro (devido à adição de açúcar e gordura na massa).

Todavia, como a receita foi criada no intuito de copiar os pães de Paris, os padeiros locais do início do século 20 deram-lhe esse nome.

É interessante mencionar ainda que, no Brasil, o tradicional pãozinho francês também é chamado de pão massa grossa (no Maranhão), de pão carioquinha (no Ceará), de pão de sal (na região Sudeste), de cacetinho (no Rio Grande do Sul e na Bahia), de filão e de pão jacó (em Sergipe), de pão careca (no Pará), de pão aguado (na Paraíba) e de pãozinho (em São Paulo).

Pão francês: benefícios

O alimento é nutritivo

Com um elevado teor nutritivo, os pães são ótimas fontes de energia! Eles são ricos em carboidratos e proteínas, substâncias essenciais para assegurar a saúde de uma pessoa. Além disso, o alimento possui grandes quantidades de cálcio, de ferro, de fibras, de vitaminas do complexo B (B1, B2 e B5) e de minerais (potássio e sódio).

Ele possui carboidratos complexos

O alimento — especialmente os pães que são feitos com farinha integral — é uma opção para pessoas que buscam perder peso, já que ele é rico em carboidratos complexos. É importante apenas ter um controle em relação à quantidade para evitar que o pãozinho acabe gerando um desequilíbrio na dieta.

 

 

Fonte: www.massamadreblog.com.br