Quase que obrigatórios em qualquer mesa árabe seu primeiro registro vem do Iraque e depois espalharam-se pela Síria, Líbano, Israel, Egito e Jordânia, onde foram levados por imigrantes e se tornaram muito populares.

Junto com outros pratos tradicionais como o tabule, hommus e outros, eles são encontrados tanto em banquetes como em refeições triviais. E existem muitas lendas e histórias em volta deles.

A esfiha é uma pequena torta redonda, feita de massa de pão, assada, com uma camada de carne moída em cima, mas que depois recebeu muitas outras variações como queijo, escarola, frango, etc.

Muitos consideram a “pizza” italiana como derivada da esfiha.

Uma historia relacionada à cozinha do Oriente Médio Antigo conta que os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola no pão, em forma de disco (pão sírio) no que seria o antecessor da esfiha.

Com o advento das Cruzadas, essa prática chegou à Itália, pelo porto de Nápoles. Lá os italianos substituíram a carne por queijo e mais tarde adicionaram o tomate. Daí nasceu a pizza.

Como sua cultura é milenar e dizem que a civilização iniciou-se na região da Mesopotâmia, atual Iraque, quando comemos um quibe, é possível que estejamos repetindo um ato que acontecia desde antes de Cristo.
Além disso, os Árabes se espalharam por várias regiões. Do Oriente Médio até o Norte da África, depois para a Europa e o resto do mundo. Eles espalharam seus conhecimentos, sua cultura e culinária. Por isso, pode-se encontrar o mesmo quibe em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil. Às vezes com diferentes características.

Em geral, quibe ou ‘kibbeh’ significa bola. Por este motivo podemos achar bolinhas feitas de arroz ou as tradicionais com trigo e carne. Podem ser servidos assados, crus, fritos, na bandeja ou até cozidos. Uma das variações, feita com tomate e temperos, é de origem assíria.

Na América do Sul, o quibe se tornou muito famoso e foi transformado o seu formato: redondo, achatado, comprido, com uma ponta, com duas pontas etc.

Em certos noivados, é costume, como brincadeira, instituir como regra que, se o noivo encontrar um quibe sem recheio terá direito a ganhar um beijo da noiva. E naturalmente se faz de tudo para que ele o encontre.

Portanto, essas duas delícias são apreciadas há muitos séculos e nunca caíram em desgraça. Pelo contrário, foram adquirindo mais e mais adeptos.

 

 

Fonte: www.pucsp.br