Como e quando surgiu o azeite não se sabe ao certo.
O mais provável é que a primeira vez que se extraiu o óleo do fruto do zambujeiro (oliveira selvagem) tenha sido acidentalmente, como a maioria das invenções. Sabe-se, contudo, que foram encontrados caroços de azeitona da Era Paleolítica na França e em Biblos; há indícios da existência de oliveiras na Península Ibérica desde o Neolítico; o código de Hamurabi já regulamentava seu comércio cerca de quatro mil anos atrás; e já se comercializava o óleo há três mil anos no Egito.
Segundo opinião corrente, a azeitona é originária da Ásia Menor, mais precisamente entre o Cáucaso e o planalto iraniano, tendo se espalhado pela Grécia, Itália, França, Mesopotâmia, Península Ibérica, Norte da África e ilhas do Mediterrâneo, sobretudo em Creta. A difusão do azeite pelo do interior destas regiões atravessou diversos acontecimentos históricos.
Creta
No Palácio de Cnossos foram encontrados depósitos com enormes ânforas de cerâmica para armazenar azeite. A olivicultura representava a base econômica da ilha, que exportava o produto para todo o Mediterrâneo. Os cretenses utilizavam o óleo não só para a alimentação, mas também terapeuticamente e para ofertas religiosas. Com sua decadência, os fenícios e cartagineses passaram a controlar este comércio.
Grécia
A oliveira representava símbolo de paz e sabedoria. Por isso, Sólon (639- 559 a.C.), um dos sete sábios da Grécia antiga, introduziu a primeira lei de proteção à oliveira, que proibia o corte da árvore e a exportação de qualquer produto agrícola que não fosse o azeite, além criar de regras para o plantio. A civilização grega usava o azeite para diversas finalidades, como na medicina, em perfumes, no culto aos mortos, como lubrificantes para armas e na iluminação. Também era utilizado como alimento, pois eles consideravam seu valor nutritivo maior que o do trigo e do vinho. Os gregos levaram a árvore para a Itália no século VIII a.C.
Fonte: revistaadega.uol.com.br/