É difícil quem resista a um bom bolo, ainda mais se for de casamento. Mas você sabe como esse doce surgiu em nossas festas de matrimônio?

O bolo surgiu no Egito Antigo e era feito a partir de pães adoçados com xaropes de frutas, tâmaras e passas. No período renascentista a receita foi melhorada pelos romanos, que conheciam a técnica da fermentação. Foram eles que colocaram o nome bolo, por causa do formato redondo, vindo de bola. Também foram os romanos que introduziram bolos em eventos comemorativos. Alguns historiadores apontam que, em casamentos, as famílias ricas preparavam massas com ingredientes especiais e as ofereciam aos deuses.  Os bolos não eram comidos, mas amassados e arremessados na direção da noiva, como fazemos hoje com os punhados de arroz.

A ideia era que o trigo, usado na confecção do pão, é um símbolo de prosperidade, e um talismã para os noivos. Por isso, depois da cerimônia, na festa do casamento quebrava-se um pão doce (bolo de frutas, cereais, amêndoas e mel) por cima da cabeça da noiva, para lhe dar boa sorte. Os convidados comiam as migalhas que se espalhavam, pois consideravam que davam sorte a quem as recolhesse e comesse, e também asseguravam a felicidade da noiva.

Bolos de casamento na Idade Média

Aquela tradição evoluiu e na Idade Média em Inglaterra, os convidados traziam pequenas tortas que empilhavam no centro de uma mesa, e os noivos beijavam-se por cima do bolo para garantir uma vida farta. O bolo continuava sendo um símbolo de sorte e prosperidade.

Desta brincadeira feita pelos convidados aos noivos nasceu a tradição do bolo de casamento por andares ou “empilhado”.

Dizia-se que, quando uma mulher solteira colocava um pedaço de bolo de noiva debaixo da almofada, sonhava com o futuro marido.

Bolos de casamento: a tradição do corte feito pelo casal

Segundo as antigas tradições, os recém-casados cortavam o bolo com o significado de que dividiam a sua vida com a comunidade. A parte inferior do bolo representava os noivos como família, e a parte superior o casal. Cada nível que viria acima desses dois representava os filhos que o casal esperava ter.

O bolo clássico que hoje conhecemos (branco, de três andares) ainda simboliza o compromisso, o casamento e a eternidade.

Os recém-casados cortam a primeira fatia do bolo juntos e deve ser a noiva a comê-la, para garantir a fertilidade. Todos os convidados devem provar o bolo, a fim de também terem sorte (vem esta tradição da antiga Roma).

Bolos de casamento: coisa de rei e rainha

A tradição de bolos decorados teria começado nos casamentos da realeza europeia do século XVI. O primeiro bolo de andares foi a sensação da cerimônia que uniu a italiana Catarina de Médici e o rei da França Henrique II.