Nos banquetes da Idade Média não existia uma ordem para comer: a mesa era posta completa, com carnes, ensopados, pães, tortas, queijos, frutas, bolos, mel.
Não havia diferenciação entre categorias de pratos e tudo era comido ao mesmo tempo, do jeito que cada um quisesse. Um dos motivos para essa fartura de doce e salgado era a vontade de ostentar, pois o montante de comida simbolizava a riqueza do anfitrião.
A ideia da sobremesa servida no final da refeição é relativamente moderna. Segundo historiadores, se deu graças a Catarina de Médici, que em 1533 saiu de Florença para se casar com o futuro rei francês Henrique II.
A italiana levou para a França muitos livros de receitas e seus próprios cozinheiros. A partir dela, a corte passou a aceitar mulheres nos banquetes, a comer com garfos e a saborear a sobremesa apenas ao final da refeição.
Mas foi só no século XIX que a ideia de apresentar os pratos numa certa ordem foi aceita completamente, e os cozinheiros passaram a montar cardápios, sempre os finalizando com doces.
Essa logística facilitou a vida do chef, que até então não tinha uma ordem estabelecida para servir seus pratos, e foi bom também para quem saboreava as refeições, uma vez que passou a aproveitá-la sem que a comida esfriasse.
Mesmo assim, vez por outra ainda tem que dê aquela escapulida e adiante a sobremesa para antes do almoço, né? Afinal, quando a sobremesa é muito boa, não é fácil resistir…
Fonte: daguia.com.br